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Em algum momento da vida tivemos que lidar com episódios de hipotensão arterial, popularmente conhecida por pressão baixa. A hipotensão é comum em situações que contribuam com a perda do controle do fluxo de sangue, como realizar movimentos após um repouso, que geralmente sentimos ao se levantar rapidamente, causando tonturas, fraqueza ou sensação de desmaio.
No verão, a pressão arterial também tende a baixar. O médico cardiologista Glauber Fabião Signorini, diretor técnico do Instituto de Cardiologia, explica que isso acontece devido à vasodilatação das artérias. Isto é, em dias mais quentes, os vasos costumam se dilatar para que o organismo mantenha e controle a temperatura corporal.
Porém, apesar de não ser considerada uma doença em si, a pressão baixa também pode indicar problemas de saúde, como doenças cardíacas, desidratação, embolia pulmonar, hemorragias, choque séptico ou diabetes. Além disso, a condição pode ser comum durante a gravidez, em períodos longos de jejum ou pelo uso de determinados medicamentos.
A pressão arterial resulta da pressão que o sangue faz na parede das artérias, que ocorre quando o coração trabalha para fornecer sangue para todo o organismo – movimento fundamental para manter o pleno funcionamento do corpo. O coração funciona através da realização de dois movimentos: contração (sístole) e relaxamento (diástole). De um lado, ele trabalha jogando o sangue para frente quando se contrai (sístole), esvaziando-se e enchendo as artérias. Do outro lado, o sangue volta pelas veias enchendo novamente o coração relaxado (diástole).
O valor de pressão arterial considerado ótimo é de 12 por 8 – ou 120 por 80 mmHg. Em um indivíduo com hipotensão, os níveis ficam abaixo de 9 por 6 – 90 por 60 mmHg. Esses níveis baixam quando há uma diminuição no fluxo sanguíneo para os tecidos do corpo. Sintomas de pressão baixa
Em alguns casos, quando o paciente normalmente já tem a pressão baixa, a hipotensão não apresenta sintomas. Porém, alguns sintomas podem surgir, sobretudo quando a pressão fica em níveis abaixo de 9 por 6. Os principais sintomas são:
Tontura;
Palidez;
Náusea;
Suor frio;
Fraqueza e fadiga;
Sensação de desmaio;
Taquicardia;
Pulso fraco e rápido;
Visão embaçada;
Respiração rápida;
Confusão mental;
Perda de consistência ou desmaio.
De acordo com o cardiologista, quando houver uma ocorrência repetida e frequente de queda de pressão ou quando o paciente não reage às condutas básicas, é necessário buscar ajuda médica, para investigar a causa do problema. Diagnóstico e tratamento
O profissional, através de um exame clínico e análise da história do paciente, poderá melhorar diagnosticar a hipotensão. Em determinados casos, pode ser necessária a realização de um exame chamado MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial). O tratamento varia de acordo com cada caso, que depende da gravidade, características e causas dos sintomas. Quando a causa da pressão baixa está associada a alguma doença, o tratamento visa controlar o distúrbio. Em pessoas saudáveis, a hipotensão não necessita de nenhum tratamento específico. Como controlar uma crise de pressão baixa
Em casos de queda brusca da pressão arterial, é possível tomar algumas medidas que contribuem para a diminuição do mal-estar e evitar desmaios. São elas:
Procure sentar em um lugar fresco e arejado, colocando a cabeça no meio das pernas;
Deite-se em uma posição confortável, de modo que seja possível deixar os pés mais elevados do que a cabeça e o coração;
Se não estiver com roupas confortáveis, busque afrouxá-las, sobretudo quando apertam na região do pescoço. Desse modo, você conseguirá respirar melhor;
Beba bastante líquido, como água, café ou sucos de frutas, para ajudar a aumentar o volume do fluxo sanguíneo, principalmente em dias quentes.
Além disso, o médico cardiologista ressalta que, por meio de uma definição e investigação que permita o diagnóstico preciso da causa, é possível melhor prevenir a hipotensão. Outros meios de prevenção recomendados consistem em:
Levantar-se cautelosamente, principalmente quando estiver deitado ou sentado por um longo período;
Consumir diariamente água, para evitar a desidratação e a hipovolemia;
Praticar atividade física regularmente, uma vez que a prática ativa a circulação sanguínea e melhora a pressão arterial;
Evitar ficar em ambientes muito quentes e úmidos por muito tempo.